quinta-feira, 26 de outubro de 2017

WILSON PRUDENTE: PRESENTE !!!


*Por Margareth Ferreira

No último dia 22 de outubro, faleceu Dr. Wilson Prudente, procurador do Ministério Público do Trabalho e grande militante da luta negra no Brasil. Prudente, como era carinhosamente chamado por todos nós foi mais do que um militante bem sucedido e concursado aprovado com excelencia para a carreira que escolheu, era para todos nós um generoso irmão que compartilhava seus saberes e conhecimentos; ensinava; palestrava; participava dos papos mais simples aos mais complexos e confraternizava e nossas rodas de praia, barzinhos e beira de sua piscina, onde sempre havia uma festa para os amigos.





Militante fundador do MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO, pertenceu aos quadros do SOS Racismo Cidadania e Direitos Civis, instalado no IPCN. Foi relator da Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil, elaborou com membros da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro o Relatório Parcial dessa comissão, lançado em fins de 2015 na sede da OAB/RJ, onde o CENIERJ se orgulha de ter ocupado uma cadeira.





Quando realizamos o Encontro de Itaocara em 8, 9 e 10 de abril de 2016, primeiro encontro da nossa gestão, Prudente estava lá com a gente, ajudando a resgatar a Força do Interior, lançando seu livro Justiça Global, descerrando a inauguração do novo entalhe, ocasião em que o homenageamos. Após o evento nos setamos para uma conversa após a atividade. 




Estavamos a li na terra de Alaor Scisinio, que fora seu professor na UFF de Direito, onde estudou e de quem também tive a honra de ser aluna na Faculdade de Direito da UFRJ.



Prudente formou-se em Direito na UFF, tornou-se mestre em Sociologia e Direito pela UFF e doutor em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Era membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN).



Foi casado com a Dra. Inaia Prudente e deixou duas filhas. 

 




Prudente era um Humanista, defensor das lutas dos indigenas, quilombolas e contra o trabalho escravo.
Fará muita falta...