domingo, 18 de outubro de 2015

Saúde da População Negra: Combatendo as Iniquidades


Segundo nossa Carta Magna, a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 

Porém, como garantir acesso igualitário sem que nossas especificidades sejam reconhecidas e respeitadas?

A palavra é EQUIDADE. 

É necessário que o sistema de saúde reconheça que o direito à saúde passa pelas diferenciações culturais, sociais, étnicas, e deve atender a diversidade. Desde 2007, o Governo Federal implementou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra - PNSIPN, que propõe como ferramenta para reduzir indicadores de morbi-mortalidade por hipertensão arterial, diabetes, HIV/AIDS, tuberculose, doença falciforme, C.A. de colo uterino e mama, miomas e transtornos mentais entre a população negra, um acolhimento/atendimento com foco na equidade, no combate as iniquidades e ao racismo, no respeito a nossa cultura e formação familiar.
Além disto, é preciso reconhecer o racismo como determinante em agravos; reconhecer a impossibilidade de acesso a uma saúde igualitária sem o combate ao racismo institucional; reconhecer que nossa formação cultural é determinante em nossa oralidade, e que o profissional de saúde, para cumprir com êxito sua missão, antes de saber o que falar precisa saber nos ouvir são diretrizes básicas desta política de saúde, que devem ser utilizadas em âmbito federal, estadual e municipal.

E, na sua cidade, você já notou que o atendimento mudou para melhor após a implementação da PNSIPN?

Ainda não? Pois então, precisamos conversar mais sobre isto. Não dá mais pra esperar!

Ase.
Andrea Tinoco : andreatinoco@yahoo.com.br






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